Estudos científicos sobre a obra "Modernidade Líquida", de Zygmunt Bauman

uma revisão sistemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5195/biblios.2022.1032

Palavras-chave:

Bibliometria, Comunidade, Consumo, Cultura, Individualismo, Pertencimento, Zygmunt Bauman

Resumo

Objetivo. Este estudo realiza uma revisão sistemática e análise bibliométrica dos artigos de pesquisa acadêmica relacionados à modernidade líquida, obra de Zygmunt Bauman.

Método. Através de palavras-chaves nas bases de dados da Web of Science e Scopus no período de 2002 a 2020, foi elaborada uma base de dados com artigos científicos que estudavam a temática. Em sequência, realizou-se uma análise qualitativa de 20 artigos selecionados entre eles para identificar como a identidade cultural e o pertencimento à sociedade de um indivíduo são desafiados pelo conceito da modernidade líquida.

Resultados. Com base nos resultados obtidos, este artigo descobriu que os assuntos mais abordados pelos autores relacionados à modernidade líquida são as mídias sociais, consumo e o individualismo, apontados por esta pesquisa como os principais desafios criados pela modernidade líquida para a identidade cultural e o sentimento de pertença à sociedade de um indivíduo.

Conclusões. Vive-se na era pós-moderna chamada por Bauman de modernidade líquida, assunto que tem sido amplamente discutido em diversas áreas de conhecimento. Apesar das limitações da pesquisa em relação aos estudos selecionados e as bases de dados utilizadas, este artigo contribui para a academia e para a sociedade, também identifica algumas lacunas na literatura e fornece sugestões para pesquisas futuras.

Biografia do Autor

Pâmela Thimoteo da Silva, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

Administradora. Aluna do Mestrado em Desenvolvimento Regional e Sistemas Produtivos do Cefet-RJ.

José André Villas Boas Mello, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

Economista. Doutor em engenharia. Professor do Mestrado em Desenvolvimento Regional e Sistemas Produtivos do Cefet-RJ.

Referências

Abreu, L. O., Silva, A. L. G. & Auad, D. (2020). Coping With Child Sexual Violence In The School Territory: Initial Cartography. Revista de Ciências Humanas Da Universidade De Taubaté, 13(1), 34 – 47. https://doi.org/10.32813/2179-1120.2020.v13.n1.a572

Álvarez-Rincón, H. S. (2019). Modernidad líquida: realidad y cambio de los valores em la sociedade. quaest.disput, 12(25), 130-141. http://revistas.ustatunja.edu.co/index.php/qdisputatae/article/view/1957

Araújo, C. A. Bibliometria: evolução histórica e questões atuais. (2006). Em Questão, 12(1), 11-32. https://www.seer.ufrgs.br/EmQuestao/article/view/16

Baliscei, J. P., Teruya, T. K. & Stein, V. (2016). About chests, cabinets and racks: treading paths between pre-modernity, solid modernity and liquid modernity. COMUNICAÇÕES, 23(1), 249-266. http://dx.doi.org/10.15600/2238-121X/comunicacoes.v23n1p249-266

Bartz, C. R. F., Baggio, D. K., Ávila, L. V., & Turcato, J. C. (2021). Collaborative Governance: An International Bilbiometric Study of the Last Decade. Public Organization Review, 1-17.

Bauman, Z. (2001) Liquid Modernity. Zahar.

Bauman, Z. (2001). Consuming Life. Journal of Consumer Culture, 1(1), 9–29. https://doi.org/10.1177 / 146954050100100102

Bauman, Z. (2007) Liquid Life. Zahar.

Bauman, Z. (2008). Consuming Life. Zahar.

Beck, U. (2002). The Cosmopolitan Society and Its Enemies. Theory, Culture & Society, 19(1–2), 17–44. https://doi.org/10.1177/026327640201900101

Beilharz, P. (2017) Bauman and Heller: Two Views of Modernity and Culture. Comparative Literature: East & West, 1(1), 51-60. https://doi.org/10.1080/25723618.2017.1339505

Bradford, S. C. (1985). Sources of information on specific subjects 1934. (1985). Journal of Information Science, 10(4), 176–180. https://doi.org/10.1177/016555158501000407

Clegg, S. R. (2018). Reading Bauman and Retrotopia. Scandinavian Journal of Management, 34(4), 354-363. https://doi.org/10.1016/j.scaman.2018.03.001.

Cochrane, D. R. R., & Mello, J. A. V. B. (2020). Consequências da economia GIG na identidade profissional: revisão sistemática da literatura. Logeion: Filosofia Da Informação, 6(2), 142-156. https://doi.org/10.21728/logeion.2020v6n2.p142-156

Concolato, C. de O. F., Cunha, M. R., & Afonso, H. C. A. da G. (2020). Economic feasibility for photovoltaic solar energy projects: a systematic review. Revista Produção e Desenvolvimento, 6. https://doi.org/10.32358/rpd.2020.v6.506

Duarte, K. S., Lima, T. A. C., Alves, L. R., Rios, P. A. P., & Motta, W. H. (2021). The circular economy approach for reducing food waste: a systematic review. Revista Produção E Desenvolvimento, 7. https://doi.org/10.32358/rpd.2021.v7.572

Franklin, A. (2012). A lonely society? Solitude and liquid modernity in Australia. Australian Journal of Social Issues, 47, 11-28. https://doi.org/10.1002/j.1839-4655.2012.tb00232.x

Gevehr, D. L. (2016). A crise dos lugares de memória e dos espaços identitários no contexto da modernidade: questões para o ensino de história. Revista Brasileira de Educação, 21(67), 945-962. https://dx.doi.org/10.1590/S1413-24782016216748

Gonçalves, J. V. (2019). Uma proposta de museu para a sociedade atual: o “Museu Líquido”. EikóN Imago, 8(1), 463-476. http://capire.es/eikonimago/index.php/eikonimago/article/view/320

Grimaldi, S. S. L., Rosa, M. N. B., Loureiro, J. M. M., & Oliveira, B. F. de. (2019). O patrimônio digital e as memórias líquidas no espetáculo do instagram. Perspectivas em Ciência da Informação, 24(4), 51-77. https://dx.doi.org/10.1590/1981-5344/3340

Guedes, E., Nardi, A. E., Guimarães, F. M. C. L., Machado, S., & King, A. L. S. (2016). Redes sociais, um novo vício online: uma revisão do Facebook e outros transtornos de vício. MedicalExpress, 3(1), M160101. https://doi.org/10.5935/MedicalExpress.2016.01.01

Halas, E. (2017). Crisis or Fluidity? Florian Znaniecki’s Theory of Civilization. Historicka Sociologie, 2016(2), 9-27. https://doi.org/10.14712/23363525.2016.7

Henao, Y. O. (2018). Los nuevos espacios sociales para la construcción de la identidad líquida. Un acercamiento al pensamiento de Zygmunt Bauman. Revista Filosofía Uis, 17(2), 209 – 225. https://doi.org/10.18273/revfil.v17n2-2018012

Kalland, M., Salo, S., Vincze, L., Lipsanen, J., Raittila, S., Sourander, J., ... & Pajulo, M. (2022). Married and Cohabiting Finnish First-time Parents: differences in wellbeing, social support and infant health. Social sciences, 11(4), 181.

Kataria, A., Kumar, S., & Pandey, N. (2021). Twenty‐five years of Gender, Work and Organization: A bibliometric analysis. Gender, Work & Organization, 28(1), 85-118.

Kooijman, E. D., McQuaid, S., Rhodes, M. L., Collier, M. J., Pilla, F. (2021). Innovating with Nature: From Nature-Based Solutions to Nature-Based Enterprises. Sustainability, 13, 1263. https://doi.org/10.3390/su13031263

Lagares, X. C. (2013). O espaço político da língua espanhola no mundo. Trabalhos em Linguística Aplicada, 52(2), 385-408. https://dx.doi.org/10.1590/S0103-18132013000200009

Le Breton, J-M. (2005). Reflexões anglófilas sobre a geopolítica do inglês. In: Yves Lacoste (org) e Kanavillil Rajagopalan. A geopolítica do inglês. São Paulo: Parábola, p.12-26. http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/Ingles/lacoste.pdf

Lemos, E. P. & Silva, F. C. (2016). Theory of liquid modernity-social fluidity and new challenges in the interpretation of laws for solution of various new conflicts in family law. Quaestio Iuris, 9(2), 911.https://go.gale.com/ps/anonymous?id=GALE%7CA566681115&sid=googleScholar&v=2.1&it=r&linkaccess=abs&issn=15160351&p=IFME&sw=w

Lima Junior, I. M., Rodrigues, A. R. P., & Mello, J. A. V. B. (2021). Riscos, complexidade e incertezas na cadeia de suprimentos: uma revisão sistemática de literatura. P2P E INOVAÇÃO, 7(2), 277-294. https://doi.org/10.21721/p2p.2021v7n2.p277-294

Lotka, A. (1926). The frequency distribution of scientific productivity. Journal of the Washington Academy of Sciences, 16(12), 317-323. http://www.jstor.org/stable/24529203

Marin, S. A. (2015). Comunidad Educativa Escolar en la Modernidad Líquida. Comunicación y Medios, 32, 63 - 82. https://doi.org/10.5354/0719-1529.2015.37652

Matesanz, C. & Ríos Coello, Y. (2021). La construcción sensible del espacio privado en la modernidad líquida: el cuarto propio conectado. Arte, Individuo Y Sociedad, 33(1), 217-235. https://doi.org/10.5209/aris.67954

Núñez Ladevéze, L., Vázquez Barrio, T., & Núñez Canal, M. (2020). El tránsito a la modernidad líquida global: la rebelión de las masas en el vecindario indefinido. Arbor, 196(797), a568. https://doi.org/10.3989/arbor.2020.797n3005

Oliveira, L. C. & Sancho, F. A. C. (2016). A Crise Da Modernidade E Os Reflexos No Direito Contemporâneo. Revista Acadêmica da Faculdade de Direito do Recife, 87(2). https://periodicos.ufpe.br/revistas/ACADEMICA/article/view/1683

Ostrovskaya, T., Karabulatova, I.S., Khachmafova, Z., Lyausheva, S., & Osipov, G. (2015). The Discourse of the Russian Elite in the ERA of “Liquid” Modernity as a Problem of Ethnic, Social and Cultural Security. Mediterranean Journal of Social Sciences, 6. https://doi.org/10.5901/mjss.2015.v6n3s4p147.

Palese, E. (2013) Zygmunt Bauman. Individual and society in the liquid modernity. SpringerPlus 2, 191. https://doi.org/10.1186/2193-1801-2-191

Palmer, L. (2020). Dating in the Age of Tinder: Swiping for Love?. In Romantic Relationships in a Time of ‘Cold Intimacies’ (pp. 129-149). Palgrave Macmillan, Cham.

Pejović, I. L. (2018). Doxa and the Paradox of the Limited Liability Company (Society). AM Journal of Art and Media Studies, 16, 147−158. https://doi.org/10.25038/am.v0i16.260

Pritchard, A. (1969). Statistical Bibliography or Bibliometrics?. Journal of Documentation. 25, 348-349. https://www.researchgate.net/publication/236031787_Statistical_Bibliography_or_Bibliometrics

Qile, H. E., Ghobadian, A. & Gallear, D. (2021). Inter-Firm Knowledge Transfer between Strategic Alliance Partners: A Way Forward. European Management Review. https://doi.org/10.1111/emre.12447

Rangel, R., & Rangel, G. (2020). O Indivíduo Socialmente Falho: Um Ensaio Baseado Em Veblen E Bauman. POLÊM!CA, 20(1), 103-118. https://doi.org/10.12957/polemica.2020.55979

Rodrigues, A. S. M., Mello, J. A. V. B., & da Gama Afonso, H. C. A. (2019). Desenvolvimiento estimulado por empreendedorismo em incubadoras de empresa: Uma revisão sistemática. MÉI: Métodos de Información, 10(19), 1-27. https://doi.org/10.5557/iimei10-n19-001027

Sacks, H. S., Berrier, J., Reitman, D., Ancona-Berk, V. A., & Chalmers, T. C. (1987). Meta-análises de ensaios clínicos randomizados. New England Journal of Medicine, 316(8), 450–455. https://doi.org/10.1056 / nejm198702193160806

Sampaio, R. F. & Mancini, M. C. (2007). Estudos de revisão sistemática: um guia para sintética criteriosa da evidência. Revista Brasileira de Fisioterapia, 11(1), 83-89. https://doi.org/10.1590/S1413-35552007000100013

Sibilla, M., & Gorgoni, A. (2022). Smart welfare and slow digital poverty: the new face of social work. European Journal of Social Work, 1-13.

Sordan, J. E., Pimenta, M. L., Oprime, P. C., Rodrigues, Y. T., & Marinho, C. A. (2021). Collaborative robotics: a literature overview from the perspective of production management. Revista Produção e Desenvolvimento, 7. https://doi.org/10.32358/rpd.2021.v7.516

Sousa, M. R. de, & Ribeiro, A. L. P. (2009). Revisão sistemática e meta-análise de estudos de diagnóstico e prognóstico: um tutorial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 92(3), 241-251. https://doi.org/10.1590/S0066-782X2009000300013

Tiong, Y. Y., Sondoh, S. L. Jr., Tanakinjal, G. H. & Iggau, O. A. (2021). Cleaner operations in hotels: Recommendation for post-pandemic green recovery. J Clean Prod, 283(124621). https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2020.124621.

United Nations International Children's Emergency Fund. (2021). Evidence Gap Map On Adolescent Well-Being In Low- And Middle-Income Countries: Protection, Participation, And Financial And Material Well-Being. https://www.unicef-irc.org/evidence-gap-map/

Villasenor, R. (2015). As grandes transformações da sociedade e suas implicações. Revista de Cultura Teológica, 0(85), 155-175. https://doi.org/10.19176/rct.v0i85.23777

Walusansa, A., Asiimwe, S., Kafeero, H. M., Stanley, I. J., Ssenku, J. E., Nakavuma, J. L. & Kakudidi, E. K. (2021). Prevalence and dynamics of clinically significant bacterial contaminants in herbal medicines sold in East Africa from 2000 to 2020: a systematic review and meta-analysis. Trop Med Health, 49(10). https://doi-org.ez108.periodicos.capes.gov.br/10.1186/s41182-020-00295-8

Ybema, S., Keenoy, T., Oswick, C., Beverungen, A., Ellis, N., & Sabelis, I. (2009). Articulating identities. Human Relations, 62(3), 299–322. https://doi.org/10.1177/0018726708101904

Zipf, G. K. (1929). Relative Frequency as a Determinant of Phonetic Change. Harvard Studies in Classical Philology, 40, 1-95. https://doi.org/10.4159/harvard.9780674434929.c1

Downloads

Publicado

2023-05-04

Como Citar

Silva, P. T. da, & Mello, J. A. V. B. (2023). Estudos científicos sobre a obra "Modernidade Líquida", de Zygmunt Bauman: uma revisão sistemática. Biblios Journal of Librarianship and Information Science, (85), 1–28. https://doi.org/10.5195/biblios.2022.1032

Edição

Seção

Revisão