Origem do modelo FRBR

Autores

  • Kátia Lúcia Pacheco Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
  • Cristina Dotta Ortega Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

DOI:

https://doi.org/10.5195/biblios.2015.239

Palavras-chave:

FRBR, Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos, Registro bibliográfico

Resumo

Objetivo.O artigo identifica a gênese dos estudos do modelo conceitual Functional Requirements for Bibliographic Records (FRBR), publicado em 1998, pela International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA), com a proposta de desenvolver nova abordagem para o registro bibliográfico. Método. Recorreu-se à pesquisa bibliográfica para identificar publicações científicas sobre o conceito de modelo e de modelo conceitual para então, a partir de fontes de informação oficiais da IFLA, tratar da gênese do modelo conceitual FRBR, a fim de investigar a trajetória que antecede a publicação do modelo e identificar o debate intelectual em torno de sua elaboração. Resultado. Constatou-se que o modelo FRBR nasceu com fins eminentemente práticos, pois engendra um conjunto de expectativas em torno da redução de custos da catalogação, indicando um nível mínimo de elementos nos registros bibliográficos que atendam às necessidades dos usuários associadas com os vários tipos de materiais e contextos de uso. Conclusão. O acúmulo do conhecimento científico, somado à dimensão experiencial trazida e sustentada no modelo, altera os paradigmas da catalogação tradicional, embora o relatório final do modelo não apresente os fundamentos que o sustentam.

Biografia do Autor

Kátia Lúcia Pacheco, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Graduada em Biblioteconomia, especialista em Organização da Informação em Contextos Digitais e mestre em Ciência da Informação pela Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais (ECI/UFMG). É doutoranda do Programa de Pós-Graduação da ECI/UFMG. Atua como bibliotecária/documentalista na Escola de Música da UFMG. Atuou como Professora Substituta na ECI/UFMG e como tutora do I Curso de Aperfeiçoamento em Educação a Distância do Sistema CAPES/UAB/UFMG. Tem experiência na área de organização e uso da informação, com ênfase em processo de representação descritiva e temática da informação. Seu escopo de estudos abrange: sistemas de classificação, representação descritiva e temática, documentos musicais, FRBR, título uniforme, sistemas de recuperação da informação. Tem interesse em estudos de inventários de acervos e administração pública.

Cristina Dotta Ortega, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Graduada em Biblioteconomia, mestre em Ciência da Informação e Documentação e doutora em Ciência da Informação pela Escola de Comunicação e Artes, da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Experiência profissional em produção e gestão de bases de dados e de tesauros orientados aos contextos institucionais. Atualmente é professora Adjunta na Escola de Ciências da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais (ECI/UFMG), atuando no curso de graduação em Biblioteconomia (orientação de bolsas de iniciação científica e da atividade optativa de elaboração de monografias) e no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (orientação em nível de mestrado e doutorado). Pós-doutorado em andamento na Universidade Federal Fluminense (UFF) sobre o tema da mediação em Ciência da Informação. Desenvolve atividades de pesquisa e de ensino voltadas aos aspectos teóricos, metodológicos e históricos da organização da informação em abordagem bibliográfica, e em sua relação com as abordagens museológica e arquivística, no que tange às atividades de ordenação de documentos, produção e gestão de registros de bases de dados e produção e gestão de linguagens documentárias. Fundamenta a organização da informação como parte do conjunto das ações de mediação documentária que promovem a transformação do objeto em documento, sob aportes dos estudos da linguagem. Em termos histórico-conceituais do campo, adota as perspectivas da Bibliografia, da Biblioteconomia, da Documentação e da Ciência da Informação, considerando as relações e dissensões entre os mesmos e, de outro modo, os aspectos da organização da informação em abordagem museológica e arquivística.

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Publicado

2015-11-24

Como Citar

Pacheco, K. L., & Ortega, C. D. (2015). Origem do modelo FRBR. Biblios Journal of Librarianship and Information Science, (60), 63–75. https://doi.org/10.5195/biblios.2015.239

Edição

Seção

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