Autenticidade de documentos arquivísticos digitais: análise de um processo de afastamento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5195/biblios.2018.361

Palavras-chave:

Autenticidade, Documentos digitais, Gestão de documentos, Preservação digital, Universidade Federal de Santa Maria

Resumo

Objetivo. Apresenta uma análise dos aspectos que envolvem a presunção de autenticidade de um documento arquivístico nato digital, utilizando o processo de afastamento produzido na Universidade Federal de Santa Maria como estudo de caso.

Método. A pesquisa teve como base a metodologia utilizada no Projeto InterPARES. Foram analisados os contextos jurídico-administrativo, de proveniência, de procedimentos, documental e tecnológico, considerando a Resolução Nº 37, de 19 de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Arquivos, que Aprova as Diretrizes para a Presunção de Autenticidade de Documentos Arquivísticos Digitais.

Resultados. O caso analisado trata-se de um sistema informatizado utilizado no processo de afastamento dos servidores docentes e técnico-administrativos em educação. Mais de dezessete mil processos já foram produzidos exclusivamente em meio digital desde que o sistema entrou em operação, no final de 2012.

Conclusões. A informatização dos processos contribuiu para a transparência ativa, conforme a Lei nº 12.527/2011, e também reduziu o tempo de trâmite do processo, porém a falta de observância de alguns requisitos de gestão arquivística que recai sobre os documentos nato digitais pode gerar incertezas a respeito da autenticidade, bem como, o risco de perda de parte da memória da universidade em longo prazo.

Biografia do Autor

Marcelo Lopes Kroth, Universidade de Federal de Santa Maria – UFSM

Mestre em Informática pela UFSM, membro da Comissão de Estudos da Gestão de Documentos Arquivísticos Institucionais (Gedai/UFSM) e pesquisador no grupo de pesquisa CNPq Gestão Eletrônica de Documentos Arquivísticos-Ged/A. 

 

Daniel Flores, Universidade de Federal de Santa Maria – UFSM

Doutor em Metodologías y Líneas de Investigación en Biblioteconomía y Documentación - Universidad de Salamanca/España. Professor Adjunto do Departamento de Documentação da Universidade Federal de Santa Maria.

Referências

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1998.

BRASIL. Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.

BRASIL. Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991.

BRASIL. Portaria Nº 3, de 16 de maio de 2003.

CASTANHO, Denise Molon et al. Uma política de arranjo documental para a Universidade Federal de Santa Maria. 2000.

CCSDS. Reference model for an Open Archival Information System (OAIS). 2002.

CONARQ. Diretrizes para a Implantação de Repositórios Digitais Confiáveis de Documentos Arquivísticos. 2014.

CONARQ. Diretrizes para a Presunção de Autenticidade de Documentos Arquivísticos Digitais. 2012.

FERREIRA, M. Introdução à Preservação Digital: Conceitos, estratégias e actuais consensos. 2006.

FLORES, D.; HEDLUND, D. A Preservação do Patrimônio Documental Através da Produção de Instrumentos de Pesquisa Arquivísticos e da Implementação de Repositórios Arquivísticos Digitais. 2014.

INNARELLI, H. C. Gestão da preservação de documentos arquivísticos digitais: proposta de um modelo conceitual. 2015.

InterPARES. InterPARES Project. 2012.

PRADEBON, D. R. S.; FLORES, D. Preservação para a futuridade do acesso ao documento arquivístico digital. 2014.

PREMIS. PREMIS Data Dictionary for Preservation Metadata. Version 3.0. 2015.

ROGERS, C. Diplomatics of born digital documents – considering documentary form in a digital environment. 2015.

SANTOS, V. B. Preservação de documentos arquivísticos digitais. 2012.

UFSM. Autenticação de relatórios. UFSM – Autenticação de Relatórios. 2016a.

UFSM. Portal de Afastamentos Ajuda. 2016b.

UFSM. Portal de Afastamentos da UFSM. 2016c.

UFSM. Portal de Processos da UFSM. 2016d.

YIN, R. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2005.

Downloads

Publicado

2018-07-16

Como Citar

Kroth, M. L., & Flores, D. (2018). Autenticidade de documentos arquivísticos digitais: análise de um processo de afastamento. Biblios Journal of Librarianship and Information Science, (72), 67–79. https://doi.org/10.5195/biblios.2018.361

Edição

Seção

Estudo de caso