Direitos das mulheres e a encontrabilidade da informação no portal da câmara dos deputados: perspectivas brasileiras rumo à Agenda 2030 das Nações Unidas
DOI:
https://doi.org/10.5195/biblios.2020.872Palavras-chave:
Agenda 2030, Arquitetura da informação, Direitos das mulheres, Encontrabilidade da informação, Portal da câmara dos deputados, Profissionais da informação e documentaçãoResumo
Objetivo. O objetivo do artigo é averiguar se o trabalho desenvolvido pelas/os profissionais da informação e documentação, na Arquitetura da Informação do portal da Câmara dos Deputados, está permitindo a Encontrabilidade da Informação que auxilie o alcance dos objetivos apregoados na Agenda 2030, no que tange aos Direitos das Mulheres.
Método. A pesquisa é exploratório-avaliativa com delineamento bibliográfico e abordagem qualitativa.
Resultados. Foram identificadas quatro interfaces/fontes de pesquisa na Arquitetura da Informação do portal da Câmara dos Deputados com possibilidades de encontrabilidade de informações semelhantes sobre os Direitos das Mulheres, que ora se completam, ora se apresentam conflituosas, exigindo que os dados legislativos disponibilizados sejam confirmados, a partir da verificação de autoria das proposições, datas de propositura, tramitação e arquivamento ou conversão em lei.
Conclusões. Conclui-se que o portal analisado não possui uma Arquitetura da Informação plenamente eficaz, por conter informações pervasivas, repetidas e equivocadas em quatro ambientes diferentes, não possuindo classificação eficiente, que se perfaça na Encontrabilidade da Informação precisa e efetiva. As/os profissionais da informação e documentação do portal devem reavaliar a taxonomia, enquanto estrutura classificatória para organização do conhecimento, no que tange aos interesses e Direitos das Mulheres e em atenção aos objetivos descritos na Agenda 2030, considerando, ainda, os atributos da Competência em Informação e da Ética em Informação.
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