¿Quiénes piensan que son? Reflexiones sobre la vulnerabilidad informacional en personas en situación de calle desde la perspectiva de la Competencia en Información
DOI:
https://doi.org/10.5195/biblios.2023.1095Palabras clave:
Biblioteca pública, Competencia en información, Personas en situación de calle, Política pública, Vulnerabilidad informacional, Vulnerabilidad socialResumen
Objetivo: Aborda aspectos relacionales entre la vulnerabilidad social, la competencia en información y las personas en situación de calle, presentando las políticas públicas como un camino para la promoción del acceso y uso de la información para este grupo de personas.
Método: Se caracteriza como una investigación descriptiva, exploratoria y bibliográfica, cuya recopilación se realizó en bases de datos interdisciplinarias a nivel nacional e internacional.
Resultados: Las personas en situación de calle se encuentran dentro de los grupos vulnerables porque, además de enfrentar dificultades básicas de vivienda, higiene, salud y alimentación, también quedan al margen de los beneficios sociales, debido a obstáculos y barreras para el acceso y uso de sistemas de información en general. Al ser personas invisibilizadas por el poder público y sufrir prejuicios por su condición, son oprimidas, no pueden acceder a las políticas públicas y son tratadas como desechos por la sociedad. De ahí la importancia de pensar en políticas públicas y acciones dirigidas al desarrollo de la competencia en información para reducir la vulnerabilidad social de este grupo.
Conclusiones: Se concluye que la falta de acceso y uso de la información vuelve a las personas frágiles y dependientes del sistema. Por otro lado, desarrollar la competencia en información contribuye a minimizar las pérdidas y riesgos a los que las personas en situación de calle están expuestas. Mejorar las habilidades, conocimientos, valores, comportamientos y actitudes con respecto al uso de la información optimizará la capacidad de respuesta de las personas frente a sus demandas, para que puedan salir de esta situación de vulnerabilidad social e informacional y convertirse en sujetos activos y autónomos con acceso a los derechos garantizados por la Constitución Federal.
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