Relações dinâmicas entre a Inteligência Humana e a Inteligência Artificial na pesquisa acadêmica
DOI:
https://doi.org/10.5195/biblios.2024.1227Palavras-chave:
Pesquisa acadêmica, Inteligência artificial, Níveis do conhecimento, Inteligência humana, Desenvolvimentos tecnológicos, Limites tecnológicosResumo
Objetivo. Determinar quais atividades de pesquisa acadêmica devem continuar sendo assumidas pelos pesquisadores humanos, por representarem uma limitação aos desenvolvimentos atuais da Inteligência Artificial no contexto da educação superior contemporânea.
Método. Para validar esta hipótese, adota-se uma abordagem de pesquisa hermenêutico-crítica, que busca interpretar os avanços de pesquisas anteriores a partir de questionamentos contextualizados. Para o desenvolvimento desta abordagem de pesquisa, são utilizados métodos qualitativos, que, embora não descartem a utilização de números, geram a validação da hipótese por meio de uma análise não numérica. Por isso, adota-se como estratégia de coleta de informações a revisão documental de produtos de novo conhecimento classificados como científicos pelo meio em que foram publicados.
Resultados. O conhecimento da Inteligência Humana foi organizado em quatro níveis para a gestão dos dados de pesquisa: primeiro, declarativo; segundo, procedimental; terceiro, esquemático; e quarto, estratégico. Dentro dessa classificação, foram interpretados os desenvolvimentos presentes e esperados da Inteligência Artificial, que se dividem em seis tipos: reativa, memória de curto prazo, autônoma, teoria da mente, geral e superinteligência. Atualmente, apenas os três primeiros tipos de inteligência artificial foram desenvolvidos, que correspondem aos dois primeiros níveis do conhecimento humano. Portanto, é possível determinar que a Inteligência Artificial tem a possibilidade de assumir as atividades de pesquisa dos dois primeiros níveis, enquanto a Inteligência Humana se refere aos dois últimos níveis.
Conclusões. A pesquisa acadêmica deve aceitar a coexistência dinâmica entre a Inteligência Humana e a Inteligência Artificial, considerando que a primeira tem a possibilidade de utilizar a segunda como apoio na geração de novo conhecimento. Enquanto a Inteligência Artificial pode produzir produtos de revisão, a Inteligência Humana tem a capacidade de produzir produtos de reflexão e propostas para assegurar os avanços do conhecimento. Consequentemente, a comunidade acadêmica deve priorizar a publicação de produtos exclusivos da atividade humana, tanto em seus processos editoriais quanto nas estratégias para medir a qualidade das instituições de ensino superior.
Referências
Balcero, A., Gabalán, J. & Vasquez, F. (2022). Sistema de aseguramiento de la calidad de la educación superior: Falencias y propuesta de mejora. Praxis & Saber, 13(34), 39-57. https://doi.org/10.19053/22160159.v13.n34.2022.14084
Bolaño, M., & Duarte, N. (2024). Una revisión sistemática del uso de la inteligencia artificial en la educación. Revista Colombiana de Cirugía, 39(1), 51-63. https://doi.org/10.30944/20117582.2365
Castro, M. (2019). Ambientes de aprendizaje. Sophia, 15(2), 40-54. https://doi.org/10.18634/sophiaj.15v.2i.827
Davis, E. (2015). Ethical guidelines for a superintelligence. Artificial Intelligence, 220,121-124. https://doi.org/10.1016/j.artint.2014.12.003.
Díaz, J. (2021). Aprendizaje automático y aprendizaje profundo. Ingeniare. Revista Chilena de Ingeniería, 29(2), 180-181. https://dx.doi.org/10.4067/S0718-33052021000200180
Difabio, H., & Álvarez, G. (2022). Las conclusiones de la tesis doctoral en educación: Sus movimientos y pasos retóricos. Areté, Revista Digital del Doctorado en Educación, 8(16), 11-36. https://doi.org/10.55560/arete.2022.16.8.1
Duan, Y., Edwards, J., & Dwivedi, Y. (2019). Artificial intelligence for decision making in the era of big data: Evolution, challenges and research agenda. International Journal of Information Management, 48, 63-71. https://doi.org/10.1016/j.ijinfomgt.2019.01.021
Espinoza, E. (2018). El problema de investigación. Conrado, 14(64), 22-32. http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1990-86442018000400022&lng=es&tlng=es
García, J., & Sánchez, P. (2020). Diseño teórico de la investigación: Instrucciones metodológicas para el desarrollo de propuestas y proyectos de investigación científica. Información Tecnológica, 31(6), 159-170. https://dx.doi.org/10.4067/S0718-07642020000600159
Goertzel, B. (2014). Artificial general intelligence: Concept, state of the art, and future prospects. Journal of Artificial General Intelligence, 8(1), 1-22. https://doi.org/10.2478/jagi-2014-0001
Gómez, J., & Calvache, J. (2018). El artículo de reflexión. Colombian Journal of Anestesiology, 46(1), 1-2. https://doi.org/10.1097/cj9.0000000000000037
Jarrahi, M., Askay, D., Eshraghi, A., & Smith, P. (2023). Artificial intelligence and knowledge management: A partnership between human and AI. Business Horizons, 66(1), 87-99. https://doi.org/10.1016/j.bushor.2022.03.002
Kuusi, O., & Heinonen, S. (2022). Scenarios from artificial narrow intelligence to artificial general intelligence: Reviewing the results of the international work/technology 2050 study. World Futures Review, 14(1), 65-79. https://doi.org/10.1177/19467567221101
Leal, F. (2017). ¿Qué función cumple la argumentación en la metodología de la investigación en ciencias sociales? Espiral (Guadalajara), 24(70), 9-49. http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1665-05652017000300009&lng=es&tlng=es
Llanos, A. (2022). Metodología de la investigación interdisciplinaria: Fundamentos y proyecciones. Quipukamayoc, 30(64), 63-76. https://dx.doi.org/10.15381/quipu.v30i64.24314
Magni, D., Del Gaudio, G., Papa, A., & Della Corte, V. (2024). Digital humanism and artificial intelligence: The role of emotions beyond the human–machine interaction in society 5.0. Journal of Management History, 30(2), 195-218. https://doi.org/10.1108/JMH-12-2022-0084
Mainzer, K. (2020). From natural and artificial intelligence to superintelligence? Technik im Fokus, 1, 183-241. https://doi.org/10.1007/978-3-662-59717-0_10
Martin, J. (2018). Calidad educativa en la educación superior colombiana: Una aproximación teórica. Sophia, 14(2), 4-14. https://doi.org/10.18634/sophiaj.14v.2i.799
Matthews, G., Hancock, P., Lin, J., Panganiban, A., Reinerman, L., Szalma, J., & Wohleber, R. (2021). Evolution and revolution: Personality research for the coming world of robots, artificial intelligence, and autonomous systems. Personality and Individual Differences, 169, 1-13. https://doi.org/10.1016/j.paid.2020.109969
Minati, G. (2020). Sistemas cognitivos complejos y su inconsciente: Conjeturas inspiradas relacionadas con la inteligencia artificial. Future Internet, 12(12), 1-24. https://doi.org/10.3390/fi12120213
Muthukrishnan, N., Maleki, F., Ovens, K., Reinhold, C., Forghani, B., & Forghani, R. (2020). Brief history of artificial intelligence. Neuroimaging Clinics of North America, 30(4), 393-399. https://doi.org/10.1016/j.nic.2020.07.004
Ocaña, Y., Valenzuela, L., & Garro, L. (2019). Inteligencia artificial y sus implicaciones en la educación superior. Propósitos y Representaciones, 7(2), 536-568. https://dx.doi.org/10.20511/pyr2019.v7n2.274
Perilla, J. (2023). Los niveles del conocimiento para el diseño curricular de las facultades de derecho. Revista Pedagogía Universitaria y Didáctica del Derecho, 10(1), 71–90. https://doi.org/10.5354/0719-5885.2023.69799
Perilla, J. (2024a). Posibilidades para vincular la inteligencia artificial en la etapa previa de los contratos estatales en Colombia. Revista Eurolatinoamericana de Derecho Administrativo, 11(2), 1-30. https://doi.org/10.14409/redoeda.v11i2.13879
Perilla, J. (2024b). Posibilidades de gestión de conflictos mediante la inteligencia artificial en los sistemas de administración de justicia latinoamericanos. Revista Oficial del Poder Judicial, 16(22), 449-473. https://doi.org/10.35292/ropj.v16i22.1025
Perilla, J. (2024c). La inteligencia artificial en las facultades de derecho a través de generadores de respuestas automáticas. Revista Pedagogía Universitaria y Didáctica del Derecho, 11(2), 55-70. https://doi.org/10.5354/0719-5885.2024.72696
Perilla, J. (2024d). Lineamientos para implementar la inteligencia artificial. European Journal of Privacy Law & Technologies, 2024(1), 42-58. https://doi.org/10.57230/EJPLT241JSAPG
Perilla, J. (2024e). O processo por meio da inteligência artificial. Revista Brasileira de Direito Processual Penal, 10(2). https://doi.org/10.22197/rbdpp.v10i2.988
Piña, L. (2024). Nuevos enfoques investigativos ante la inteligencia artificial. Revista Arbitrada Interdisciplinaria – Koinonía, 9(17), 2-3. https://doi.org/10.35381/rkv9i17.3231
Ramírez, A. (2009). La teoría del conocimiento en investigación científica: Una visión actual. Anales de la Facultad de Medicina, 70(3), 217-224. http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1025-55832009000300011&lng=es&tlng=es
Rodríguez, R. (2018). Los modelos de aprendizaje de Kolb, Honey y Mumford: Implicaciones para la educación en ciencias. Sophia, 14(1), 51-64. https://doi.org/10.18634/sophiaj.14v.1i.698
Saranya, A., & Subhashini, R. (2023). A systematic review of explainable artificial intelligence models and applications: Recent developments and future trends. Decision Analytics Journal, 7, 1-14. https://doi.org/10.1016/j.dajour.2023.100230
Signorelli, C. (2018). Can computers become conscious and overcome humans? Frontiers in Robotics and AI, 5, 121, 1-20. https://doi.org/10.3389/frobt.2018.00121
Totschnig, W. (2020). Fully autonomous AI. Science and Engineering Ethics, 26(5), 2473-2485. https://doi.org/10.1007/s11948-020-00243-z
Troncoso, M., Dueñas, Y., & Verdecia, E. (2023). Inteligencia artificial y educación: Nuevas relaciones en un mundo interconectado. Revista Estudios del Desarrollo Social: Cuba y América Latina, 11(2), 1-20. http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2308-01322023000200014&lng=es&tlng=es
Villegas, M., González, F., & Núñez, R. (2008). Línea de investigación conocimiento e investigación (LICOIN). Paradígma, 29(2), 223-236. http://ve.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1011-22512008000200012&lng=es&tlng=es
Zhang, B., Zhu, J., & Su, H. (2023). Toward the third generation artificial intelligence. Science China Information Sciences, 66(2), 1-23. https://doi.org/10.1007/s11432-021-3449-x
Zhang, J., Hilpert, B., Broekens, J., & Jokinen, J. (2024, May 11-16). Simulating emotions with an integrated computational model of appraisal and reinforcement learning [Conference session]. CHI '24: CHI Conference on Human Factors in Computing Systems, Honolulu, HI, United States. (703, pp. 1–12). https://doi.org/10.1145/3613904.3641908
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Juan Sebastián Alejandro Perilla-Granados

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores que publicam neste periódico estão de acordo nos seguintes termos:
- O Autor retém o Direito sobre a sua Obra, onde o termo "Obra" incluirá todos os objetos digitais que podem resultar da publicação eletrônica posterior e/ou distribuição.
- Uma vez aceitada a Obra, o Autor concede à Editorial o direito da primeira publicação da Obra.
- O Autor lhe concederá à Editorial e seus agentes o direito permanente não exclusivo e licença para publicar, arquivar e fazer acessível a Obra em sua totalidade ou em parte, em todas as formas e os meios agora conhecidos ou no futuro, mediante uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional ou seu equivalente que, para evitar qualquer dúvida, permite a outros copiar, distribuir e comunicar publicamente a Obra nas condições seguintes: Atribuição - outros usuários devem reconhecer a Obra da forma especificada pelo Autor ou como se indica no lugar web do periódico científico; Entendendo que esta condição possa ser modificada com a licença do Autor e que, quando a Obra ou qualquer de seus elementos se ache no domínio público segundo a legislação aplicável, que seu status não esteja em absoluto afetado pela licença.
- O Autor é capaz de entrar em acordos contratuais independentes, adicionais para a distribuição não exclusiva da versão da Obra publicada no periódico científico (por exemplo, publicá-la num repositório institucional ou publicá-la num livro) sempre que se proporcione no documento um reconhecimento de sua publicação inicial neste periódico científico.
- Os Autores estão autorizados e tem o apoio para publicar em linha um manuscrito antes da sua publicação (mas não a versão final da Obra formatada em PDF para a Editorial) em repositórios institucionais ou em seu sitio, antes e durante o processo de envio, já que pode dar lugar a intercâmbios produtivos, e a uma citação primigênia maior do trabalho publicado (ver o efeito do acesso aberto). Dita Obra depois de sua aceitação e publicação se deverá atualizar, incluindo a referência DOI (Digital Object Identifier) atribuída pela Editorial e o vínculo ao resumo em linha da versão final publicada no periódico.
- A petição da Editorial, o Autor se compromete a comunicar e apresentar oportunamente ao Editor, e por conta dele, as provas escritas das permissões, licenças e autorizações para o uso de material de terceiros incluso na Obra, exceto o determinado pela Editorial a cobrir-se pelos princípios de uso justo.
- O Autor declara e garante que:
a. A Obra é um trabalho original do Autor;
b. O Autor não transferiu e não transferirá, os direitos exclusivos sobre a Obra para um terceiro;
c. A Obra não está em avaliação em outro periódico científico;
d. A Obra não foi publicada em outro periódico científico;
e. A Obra não contém nenhuma tergiversação ou infração ao trabalho propriedade de outros autores ou terceiros, e
f. A Obra não contém nenhuma difamação, invasão da privacidade, ou qualquer outro assunto ilegal. - O Autor se compromete a indenizar e eximir à Editorial se não cumprir com as declarações e garantias contidas no parágrafo 7 anterior, assim como de qualquer reclamação ou procedimento relacionado com o uso e a publicação da Editorial de qualquer conteúdo da Obra, incluído o conteúdo de terceiros.